Amar não é crime. Então qual a razão da sociedade atual debater-se ante a questão homoafetiva?
Os problemas vigentes na sociedade não são, infelizmente, apenas violência, desemprego, desmatamento, etc. Há muitos outros problemas além daqueles a que estamos “acostumados” a presenciar nos noticiários. Possam eles prejudicar ou não nosso cotidiano, as soluções não despontam e é essa impunidade e imparcialidade que acaba fazendo indivíduos sofrerem mais e mais, pelo motivo de não poder viver e agir como pessoas individuais.
Fala-se em uma sociedade igual, sem distinção de raça, cor ou sexo. Porém há partes dessa igualdade que se ignora. Não somos iguais. Não com os mesmos gostos e crenças. Mas em direitos e deveres. O fato de haver uma quebra da realidade, com uma nova visão de valores, através da relação homoafetiva, mostra uma diferença em relação à união tradicional. Diferença essa que passou a ser vista como desarmônica.
Não devendo ser tratado como um problema, uma vez que o homem é livre e pode fazer suas próprias escolhas. Sendo assim, as discussões acerca da sexualidade de um indivíduo, é regida por padrões seculares; e caso estes sejam desvinculados do comum, torna-se errado. E tudo isso consiste em um só pensamento: O homem tem escolhas, desde que estas sejam regidas por um padrão de conduta moralmente correto. O que implica que as escolhas não são individuais, mas impostas por um modelo a ser seguido. E a decisão de escolher se torna limitada.
A humanidade desde seus primórdios vem se adequando a padrões de conduta. Valores obtidos através da evolução moral do homem civilizado. Houve muitos avanços. Muitas injustiças também. O que mudou foi pouco, sendo ainda, no entanto, certas diferenças difíceis de serem aceitas pela sociedade.
O limite entre a justiça e a impunidade ainda é tênue. Não se precisa de uma solução milagrosa para resolver a questão da homossexualidade ou das relações homoafetivas. Espera-se a conscientização de todo e qualquer indivíduo. Busca-se o respeito pela diferença. A igualdade pelos direitos. Enquanto não houver respeito e justiça para todos, a sociedade naufraga lentamente pelos próprios delitos.
Lilian Holmes
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