Confusão

Que é viver, sem querer?
Que é amar, sem ter?

Como numa prosa incompleta, as curvas se delineiam com tanta paciência, e entre o eufórico e o impulsivo, me prendo com as últimas forças que restam, tentando esperar que essa valsa estonteante acabe, sem me envolver... Não sabe-se o querer, por que se é pra ter, então é pra buscar, mas eu fujo, por quê? Do medo de amar? De ter? Por que eu quero viver, e tenho querer, mas não sei o que é amar, então busco conhecer, e de repente estanco, numa via absoluta, e só. Ali, há nuvens, há sol, há lua, há gentes... Luz, mas não escuridão... Me perder não faz desistir, mas o medo sim, ele me impede de prosseguir. Que confusão é essa que me assola, quem me retrái os passos? No mais profundo de mim, eu quero encontrar respostas pra tudo, mas as perguntas são tantas, tantas, tantas... Que a confusão se mescla, me confundindo mais ainda! Nada enfim, nada mais sei; afinal, nem sei quem me tornei, o que um dia fui, acabou e nem descobri o que foi...

Lilian Holmes

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