Dia normal, como qualquer outro. Estou em um lugar desconhecido, não há um caminho certo a seguir, tem uma mata fechada a minha frente por isso temo prosseguir; tento me concentrar, talvez haja um jeito de sair dali, na verdade nem ali deveria estar, agora que me resta, continuar o que nem deveria ter começado? Me entorpece a mente e me atrasa na escrita; ouço minha música e choro o tempo passou, a lembrança ficou e a saudade que me rasga por dentro é tão grande, choro por ti, por nada ter feito, por não saber o que fazer, medo, incertezas... Desculpa pela resposta, pelo bilhete, pelo olhar, palavras, pensamentos e atitudes, desculpe por eu ser irracionalmente humana, por querer um mundo impensavelmente utópico e querer seus abraços e sorrisos, sem crimes ou castigos, só me dê sua mão, se alcançar, vem de novo me dizer: "Não chores, sempre estarei contigo.", vem matar meus medos, saindo da luz, como herói ou heroína, seja qual for tua forma de anjo, com espada em punho, olhar reluzente e sorriso resplandescente, e me leva qual criança ou animal encurralado aspirando os cumes, picos e montanhas mais altas, que antes fazia do Céu como o reflexo de uma gota d'água e agora da Terra, escória. E então, como sempre, abro os olhos e ainda estão ali as grandes vegetações que me encobrem visão do caminho e além mais, avanço e venço a distância e me encontro frente a uma muralha, e nela uma porta firma, imponente, ante a qual sou nada; sinto que a qualquer momento a porta vai abrir, tudo no seu lugar... Sons confusos, olhar fixo, dor de cabeça, pensando em não sei o quê. O tempo corre e me leva para onde aquela porta conduz, olho para trás sempre, e me arrependo. De volta, talvez só lembrando como sempre estive aqui dentro e me imaginando fora, tentando fugir dali, e quando penso que consigo, os caminhos sempre dão onde estou. A monotonia... Tudo de novo e de novo. Olho pra porta, que sempre estivera aberta, só que meu medo entranhado se impunha mais forte e me impedia de arriscar a espiar lá fora; recuo, sinto-a estremecer, ela vai fechar, e se eu não correr, vou ficar pra trás, presa aqui dentro de mim!!!
Lilian Holmes
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