Gosto do teu jeito manso de me olhar
no teu silêncio, tênue, compenetrado.
Por que calar, se algo quer me falar?
Não sei que formas me apresentas,
esse teu gesto distante de apontar.
Veio a primavera, outono e inverno
e você não saía de lá...
Ah, quem me dera
quem me dera ser como você,
quase tão perfeita, ideal,
imaginada, pensada, sem igual
a outros olhos, talvez, não cativa,
a mim, prisioneira da imensidão.
O tempo foi passando
e foi te levando de mim.
E nos fins de tarde,
quando o sol parecia despedir-se, num aceno de luz
olho pro lugar vago, nada além de lembranças
que surgem palpitantes, descem em cortejo,
nos olhos tristes de quem não te vê mais...
Você foi e deixou um vazio em tudo,
saiu no mesmo silêncio que chegou,
minha pequena, o vento te levou,
ou foi o tempo que te apagou?
Minha bela, minha pequena escultura de papel...
Lilian Holmes
muito bom adorei.
ResponderExcluirbrigaadaa! S2'
ResponderExcluirlindo... sempre.
ResponderExcluirbrigada garoto!
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