Enquanto os risos e conversas embalam os ouvidos atormentados, a dor parece amainar, e se dissolve no rumor das risadas... Por um momento interminável, nostálgico e contraditoriamente finito, a felicidade parece se fazer presente, e de repente, ausente... Equilibrando um momento bom e inesquecível... Enfim, cessa. O silêncio invade, incoerentemente insensível.. A lembrança do que parecia agradável se esvai, como um dia que passa e não volta mais; as companhias e as palavras trocadas se transformam em um vendaval, que se dispara em sátiras e estrofes irônicas, e cada verbo parece pesar mais que qualquer ação; e de tão afetada situação, faz querer incendiar tudo, metaforicamente... Por fim, rende-se, melancolicamente... A poesia parece ter perdido a rima, e esta, solta, se desprendendo, fugindo sem dizer adeus, deixam a folha em branco; sobre a mesa, esparsos, papéis úmidos pelas lágrimas da chuva que lá fora murmura, e cá dentro, as janelas cerradas, o vento sussurra... Tudo parece um infindável concerto, que a cada momento se espera o fim do ato, no entanto, não se ouve música, emudecida, deu lugar ao silêncio suave e pesaroso... A multidão silenciosa aqui dentro, difere da ruidosa dali de fora; que agora parece nada, e até sim, uma ventania de caracteres indecifráveis, são tantos e tantas, duvidosos pontos, espaços inconstantes e no meio, um coração... Instante... Nenhum sinal, como em um bilhete de despedida, sem sentido, no fim do corredor... A fuga iminente de si, ou a transtornada decisão de continuar, com ou sem ter tido um motivo para parar, levantando-se de seu lugar, deixando para trás, pelo menos por hora, as ruínas de uma prosa trivial, esperando talvez que o outro dia, possa sorrir mais uma vez, até se despedir de novo, e de novo...
Dedico a um amigo: L.J.
Lilian Holmes
ei e o eclipse? só sei que vc sempre será uma boa escritora! to postando no meu blog e deixe comentarios com as suas avaliações! bjo
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